Sexta-feira, 10 de Outubro de 2008

Os Tomates da Nação das Quinas

Episódio I

Afonso de Albuquerque, depois de ter destruído vários portos tributários do Rei de Ormuz decidiu, ao comando de seis naus com cerca de 400 homens a bordo, entrar na baía de Ormuz tendo ficado cercado por 250 navios de guerra inimigos a que se juntava um exército em terra de cerca de 20.000 homens. Quando o Rei mandou um emissário a bordo para saber quais as suas intenções, Afonso de Albuquerque enviou-lhe uma curta mensagem: «Renda-se!»

 

Episódio II

Uma caravela portuguesa levava ostensivamente a bandeira das quinas no seu mastro mais alto ao entrar na baía de Cádiz, onde se encontrava a esquadra do Rei de Espanha, naquele tempo conhecida por «Invencível Armada». Interpelado pelos espanhóis para baixarem o seu estandarte à entrada do porto, abriu fogo à esquadra inteira, causando-lhe danos significativos e, após ter passado em combate por toda a fileira de navios de guerra espanhóis, acabou por saír incólume do porto de Cádiz, fugindo para Portugal.

 

Episódio III

No verão de 1574 D. Sebastião decidiu, sem prevenir ninguém, fazer uma investida a África deixando a corte em pânico sem saber onde estava o seu Rei. Quando desembarcou com meia dúzia de fidalgos alucinados em Ceuta os árabes retiraram pensando que aquele era um grupo avançado de uma força maior. Sem ninguém para combater, D. Sebastião ruma a Tânger onde lhe acontece o mesmo. Frustrado, volta para casa sem ter conseguido andar à porrada.

 

Moral:

A nossa história está recheada destes episódios que demonstram que, ao longo dos tempos, o povo português nunca teve grande noção do que andava por aí a fazer. Podemos romanticamente acreditar que tudo isto não era mais que coragem, bravura, e temeridade. Mas a realidade é que desde os primórdios que somos uma cambada de inconscientes sempre de peito feito, para o que der e vier. Por isso, quando vejo na televisão que os portugueses se estão nas tintas para a gripe das aves, e para as vacas loucas, e para os nitrofuranos, lembro-me invariavelmente da nossa ancestral e encantadora falta de noção. Vem-me sempre à cabeça a resposta do capitão António da Silveira, cercado pelos turcos em Diu: «Fiquem sabendo que aqui estão portugueses acostumados a matar muitos mouros e têm por capitão António da Silveira, que tem um par de tomates mais fortes que as balas dos vossos canhões e que todos os portugueses aqui têm tomates e não temem quem não os tenha!». Delicioso. Que falta de noção num excesso de nação.


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